A cada ano, os índices de roubo de carga no Brasil registram milhares de ocorrências. Apesar das estatísticas coletadas pela Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística demonstrarem uma crescente diminuição nestes índices desde 2017, quando houve mais de 25 mil ocorrências em todo o país, a quantidade de roubos em 2020 foi superior a 14 mil casos, o que não deixa de ser alarmante.
Agindo em conluio com uma grande rede de crime organizado envolvendo tanto o contrabando nas fronteiras quanto o mercado paralelo nos grandes centros urbanos, essa modalidade de crime é a que mais assola o Brasil.
Cargas mais roubadas no Brasil
Dado o grande número de ocorrências, alguém pode inferir que exista uma grande variedade de cargas roubadas. Longe disso, os roubos concentram-se dentro de alguns grupos específicos de produtos, e existem diversos fatores que podemos elencar para explicar isso. Por esse motivo, discutiremos abaixo cada um desses grupos e as razões para que sejam tão visados pelos criminosos.
Cigarros
Curiosamente, as cargas de cigarro são altamente visadas pelas quadrilhas que agem nas rodovias. Por serem produtos de grande capacidade de escoamento, ou seja, eles conseguem ser vendidos rapidamente no mercado paralelo (camelôs e ambulantes em geral), os cigarros encabeçam as ocorrências.
Por outro lado, o cigarro é um dos produtos com maior carga tributária no Brasil. Cerca de 71% do seu valor final é composto por impostos. O alto valor final alimenta não somente o roubo de carga, mas também o contrabando de cigarros cuja proveniência, em quase 100% dos casos, é do Paraguai.
Autopeças
Em segundo lugar nas estatísticas, vêm as autopeças. Como os veículos são compostos por uma infinidade de componentes de diversos tamanhos e de alto valor agregado, isso dificulta o trabalho de rastreamento da polícia. É praticamente impossível identificar uma peça de veículo depois que ela é roubada e posta à venda.
Um outro dado que esse fato revela, de forma indireta, é que muitas lojas legalizadas que atuam no comércio de autopeças agem como receptadoras desse tipo de material, o que faz aumentar ainda mais o roubo desse tipo de carga.
Farmacêuticos
Os farmacêuticos são visados pelas quadrilhas de roubo de carga devido ao seu alto valor agregado. Além disso, eles possuem grande capacidade de escoamento, não somente no mercado paralelo, mas em farmácias legalizadas, da mesma forma que ocorre com as autopeças.
Não obstante, segundo Elaine Manzano que trabalha na Associação Nacional de Farmacêuticos atuantes em Logística, os produtos farmacêuticos são passíveis de sofrerem adulterações antes de serem vendidos para as farmácias, o que isentaria em tese a responsabilidade do farmacêutico, mas é necessário que todos os funcionários do estabelecimento saibam identificar produtos falsificados.
Carne
Por serem produtos altamente perecíveis e de alto valor no mercado, produtos alimentícios como carne bovina, frango e peixe também figuram entre os principais alvos das quadrilhas que atuam nas principais rodovias do país.
O escoamento da carga roubada ocorre quase que de forma imediata e o contexto de aumento da insegurança alimentar pelo qual passa o Brasil desde o começo da pandemia, aumenta ainda mais essa atividade criminosa. Mais especificamente, pesquisas apontam que em dois anos (2020-2022) a carne bovina aumentou mais de 130%.
Roubo de carga – o que fazer?
Antes de abordarmos as dicas existentes para se evitar o roubo de carga, é importante salientarmos que a contratação de um seguro, bem como sua regularização, é essencial (Saiba mais sobre seguros de carga). Saiba também que existe uma modalidade de seguros que é específica para roubos de carga.
Elas costumam oferecer indenização para os prejuízos decorrentes do roubo, mas, por outro lado, diferenciam quando a carga está sendo transportada por rodovias, linha férrea, avião ou navio. Da mesma maneira, existem regras particulares quando a carga faz parte de uma operação de exportação ou de importação.
Em suma, o que é necessário que você escolha, primeiramente, o seguro mais adequado para o modal de transporte da sua carga (rodovia, marítimo etc) e para o tipo de operação de comércio exterior que está sendo realizada (importação ou exportação).
A propósito, dentro do mundo do comércio exterior, alguns Incoterms, que são padrões internacionais de termos para contratos de compra e venda internacionais, já estabelecem a cargo de quem ficará o custo de frete e seguro da carga. Este é o caso, por exemplo, do CIF e do CPT. No primeiro, o seguro fica a cargo do exportador enquanto no segundo fica a cargo do importador.
Estradas com índice alto de roubo de carga
As últimas estatísticas demonstram uma grande concentração de ocorrências nos grandes centros urbanos do Brasil (eixo Rio-São Paulo). Contudo, é preciso distinguir entre os crimes que ocorrem nas grandes rodovias, como a BR-101 (a maior do país com mais de 4.500 Km) e os que acontecem dentro do perímetro urbano.
Os crimes nas rodovias são dominados por quadrilhas organizadas que miram em produtos com maior durabilidade como cigarros, autopeças e eletrônicos. Já os crimes no perímetro urbano miram cargas perecíveis como carnes e outros produtos alimentícios, devido ao alto grau de escoamento dos mesmos na cidade.
Sem dúvida, a estrada de maior índice de roubo de carga no Brasil é a BR-101. Como foi mencionado, ela é a maior rodovia do país e corta seu território de norte a sul. Alguns trechos são mais problemáticos, especialmente, nos estados de Alagoas e Bahia.
Os trechos de rodovias que possuem más condições de uso, obrigando os motoristas a dirigirem mais devagar, são os mais problemáticos. Os criminosos tiram proveito desses problemas para abordarem os caminhões e cometerem seus crimes. Este é o caso de alguns lugares em Alagoas por onde passa a BR-101.
Por outro lado, a alta circulação de pessoas de diferentes lugares em alguns trechos, como é o caso de Feira de Santana, na Bahia, que é a cidade mais populosa do interior do Nordeste, funciona como um atrativo para as quadrilhas devido à grande facilidade de distribuição das mercadorias roubadas.
Qual o país com menor índice de roubo de carga?
Não surpreende que seja o Brasil o país-líder em roubos de carga. Realmente, as estatísticas apresentadas, como a de 2017 que girou em torno de 25 mil ocorrências, são assombrosas e preocupantes. Logo abaixo do Brasil vem a Índia, país que concentrou 64% de todas as ocorrências na Ásia somente em 2019.
Como foi explicado anteriormente, o eixo Rio-São Paulo responde por quase 100% dos índices de roubo de carga no Brasil. O fato de serem, de fato, os grandes centros urbanos brasileiros, o que facilita o escoamento rápido das mercadorias roubadas, explica esses dados.
Por outro lado, a presença de lugares como Feira de Santana, na Bahia, também pode ser compreendida a partir dos mesmos motivos. Como maior cidade do interior brasileiro e ponto de encontro e partida para várias cargas comerciais, essa cidade em particular é um grande atrativo para os criminosos e suas quadrilhas, que buscam justamente municípios com essas características.
10 dicas de como evitar roubo de carga
Vejamos agora que medidas você pode adotar para que esse tipo de crime não afete os seus negócios. Foi separado um total de 10 dicas valiosas e de eficácia comprovada que, efetivamente, evitarão que a sua carga entre nas estatísticas de roubo.
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