A tecnologia por trás da famosa criptomoeda gera dúvidas e divide opiniões. Afinal qual a segurança disso?
Sem nenhum órgão ou empresa sólida por trás, ela não pode sumir do nada? `A quem recorrer se eu for roubado?
Como funciona?
O Blockchain veio para revolucionar as transações de informações, as tornando mais seguras. Pois diferente do dinheiro, você consegue seguir todo o rastro das informações e evitar dualidade, já que um e-mail registrado na tecnologia, não poder ser copiado: Ele é único.
Como um livro público e digital, é uma tecnologia de registro distribuído, descentralizando as informações, onde são registradas nesse índice global e distribuída para todos que possuem aquele “banco de dados”.
Conforme novas informações são adicionadas, esse bloco cresce. Onde os dados nunca são deletados ou substituídos, sempre adicionados de forma cronológica e linear.
Cada computador que está vinculado a rede onde hospeda o blockchain tem a “obrigação” de atualizar, validar e repassar a informação. No caso da criptomoeda, ele guarda as chaves dos proprietários, os saldos e as respectivas transações.
Mas qual sua importância para o nosso mercado de Comércio Exterior?
Olhando para o mercado de importação e exportação, o Blockchain pode ser usado nas transações para:
– Registro das faturas comerciais sem a necessidade de assinatura;
– Reconhecimento de firmas;
– Controle de procedência da mercadoria desde o início da produção até a sua venda e entrega;
– Envio de pagamentos sem a burocracia bancária tradicional (contrato de câmbio, swift, etc);
– Compartilhamento de informações sobre o processo logístico, onde todos os envolvidos com acesso podem
atualizar e consultar os dados de seus interesses.
Cases de Sucesso
Em 2018, uma carga de soja vinda dos Estados Unidos para China, tornou-se o 1º carregamento agrícola totalmente realizado via Blockchain.
De acordo com Robert Serpollet, chefe global de operações comerciais da Louis Dreyfus: “Percebemos ganhos de eficiência muito significativos… muito além do que esperávamos”. O tempo gasto no processamento de documentos e dados foi reduzido em cinco vezes (fonte: Reuters).
Outro case, envolve a Belagrícola, grupo paranaense forte na comercialização de grãos onde, guiada pela IBM ( uma das companhias à frente de vários projetos piloto no País), aplica a tecnologia como forma do comprador ter acesso ao histórico da commodity. Ou seja: de onde veio, quais foram os tratos culturais aplicados, qual é a qualidade do grão, quando foi recebido, onde foi armazenado, etc.
O primeiro teste foi feito na segunda safra 2016/2017, na unidade de Ribeirão do Sul (SP), que recebeu 650 mil toneladas de milho. “A disseminação para as demais unidades ainda não se mostrou viável economicamente, porque elas têm características distintas entre si em relação à automação”, diz Rebeca Lins, diretora de pessoas e tecnologia da Belagrícola (fonte: Estadão).
Mas nem tudo são flores!
A IBM e Maersk por exemplo, criaram uma joint venture para desenvolver uma solução para logística internacional pautada em blockchain. Essa plataforma tem como objetivo alimentar toda a cadeia até o término da logística internacional, trazendo economia projetada na casa de bilhões de dólares.
Entretanto, o avanço desses audaciosos projetos acaba não sendo tão claros quanto a técnica em si. Essas tecnologias esbarram nas legislações locais dos diversos países e também nos acordos internacionais das nações soberanas. Seria dizer que as empresas passariam a bastar por si só, sem a necessidade de um Estado para lhes garantir proteção.
Alguns países têm se manifestado positivamente e até mesmo incentivado o uso do blockchain nas transações de relações internacionais, como a Austrália e os Emirados Árabes.
Por enquanto, o Brasil tem demonstrado pouco avanço no tema quando aplicado ao Comércio Exterior e dificilmente haverá mudanças rapidamente.
Em suma, essa tecnologia veio para agregar e as empresas que utilizarem a tecnologia Blockchain, estarão comprovável vantagem competitiva.
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