Uma trading company é uma empresa comercial que atua para facilitar o processo de importação e exportação de mercadorias entre fornecedores e compradores em países distintos. Essa prestadora será responsável em toda a assessoria, contato com as partes, conferência documental, contrato do frete e seguro internacional, desembaraço aduaneiro nos portos, aeroportos e pelo auxílio em financiamentos, tornando-se uma extensão do departamento de Comex dos seus clientes.
Pela experiência, vivência e presença em comércio internacional, uma trading company tem uma rede de contatos confiável e validada. Também tem o preparo necessário para lidar com as barreiras linguísticas e culturais que podem vir a dificultar importantes negociações.
Empresas que não têm suporte de uma trading company enfrentam grandes problemas nos trâmites comerciais de produtos para revenda no Brasil. Correm o risco de passar por dificuldades com as mercadorias transportadas e sofrer consequências com o acúmulo de créditos com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e altas tributações do PIS, COFINS e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) entre outras ocorrências. Isto, por não terem uma estrutura própria dedicada a operações de comércio exterior.
Como se define uma Trading Co?
O termo “trading company” é qualquer empresa que compra e vende produtos, porém a etimologia teve o seu significado adaptado para empresas especialistas no comércio internacional.
A origem do termo deu-se no período mercantil, com o surgimento das grandes companhias (exemplo: Companhia das Índias) que eram responsáveis pela negociação e transporte das especiarias e outras riquezas das colônias para os países reinantes.
Muitas pessoas confundem, mas as tradings do mercado financeiro que transacionam ações de da bolsa, commodities, matéria prima e bens não são o mesmo que uma Trading Company.
“Uma trading company foca tudo que antecede e/ou intermedia a importação, não sendo a importação em si apenas, o seu objetivo principal”, diz Beatriz Torres, gerente de Inteligência de Mercado e Pós-vendas da Columbia Trading, que ressalta que possui clientes tanto na indústria quanto no varejo.
Qual a diferença entre trading company e uma comercial exportadora
A diferença entre trading company e a comercial exportadora está em possuir ou não o “Certificado de Registro Especial”.
Para obter este certificado, é necessário que a exportadora seja uma sociedade anônima constituída por um capital social mínimo.
Já as demais empresas comerciais exportadoras (ECEs) são regidas pelo Código Civil Brasileiro e realizam transações com o estrangeiro devendo estar apenas habilitadas na Receita Federal.
É importante destacar que enquanto a comercial exportadora normalmente atende pequenas e médias empresas, a trading company tem características de empresa de porte médio para grande. O que as diferencia é a quantidade de capital.
As empresas comerciais exportadoras, constituídas no Brasil, atuam como intervenientes na exportação indireta. Desenvolvem a prática comercial de comprar produtos do produtor ou fabricante e vendê-los para o exterior.
Já a trading company executa uma análise minuciosa do fornecedor ou comprador, o que oferece maior segurança ao fazer a negociação. Isso evita o comércio com empresas desonestas ou o recebimento da carga com qualidade inferior ao acordado.
Como importar através de uma trading company
Além de poderem efetuar a importação de maneira direta, a trading company pode também realizar a importação indireta através de duas modalidades: por conta e ordem e a importação por encomenda.
Ambas são regulamentadas pelo governo federal (Lei nº 10.637/2002; decreto nº 6.759/2009 – Regulamento Aduaneiro; Instrução Normativa RFB nº 1.861/2018 e Instrução Normativa RFB nº 1.937/2020).
Importação por encomenda
No processo de importação por encomenda, a trading company é designada como a compradora da mercadoria.
Ou seja, a empresa (encomendante) contrata outra empresa (importadora) para a importação de produtos.
Nesta modalidade, o processo é feito com os recursos da trading company, e não pode ter nenhum tipo de antecipação.
De acordo com a Instrução Normativa RFB Nº 1937, de 15/04/2020:
“§ 3º Consideram-se recursos próprios do importador por encomenda os valores recebidos do encomendante predeterminado a título de pagamento, total ou parcial, da obrigação, ainda que ocorrido antes da realização da operação de importação ou da efetivação da transação comercial de compra e venda.”
Portanto, considera-se que os produtos são adquiridos exclusivamente para a empresa solicitante.
Após concluir todo o processo de importação, deve ser emitida uma nota fiscal de venda do produto.
Importação por conta e ordem
Na modalidade de importação por conta e ordem a empresa importadora atua como mandatária, ou seja, recebe uma procuração para agir em nome de outra instituição.
A empresa importadora atua de modo independente, realizando a negociação internacional, adquirindo a mercadoria, realizando o despacho aduaneiro, e depois revendendo à encomendante.
Toda a negociação é feita pela trading company, mas isso não impede que a importadora participe do processo.
Essa modalidade permite que a trading company realize os serviços necessários para que a importação seja feita da forma mais correta.
Por que as empresas optam por importar por trading companies?
É cada vez mais comum que as empresas, de modo geral, optem por focar na sua atividade principal e terceirize as atividades meio. No comércio exterior isso não é diferente.
Diversas companhias já iniciaram esse processo de terceirização de suas operações de importação de mercadorias para dedicar atenção exclusivamente em vender os seus produtos e atender as necessidades dos seus clientes.
As tradings companies são empresas especialistas em cuidar dos trâmites burocráticos na importação. Elas conduzem a emissão dos documentos internacionais de acordo com as legislações brasileiras, o que evita multas e atrasos operacionais.
Além disso, as tradings possuem uma extensa rede de parceiros que oferecem serviços de qualidade e com preços atrativos. Isso permite uma maior redução de custos.
“As empresas procuram uma trading company para que possamos estruturar um planejamento tributário, logístico, financeiro e fiscal. Além de realizarmos todo o fluxo e trâmite do processo de importação desde a coleta até a entrega no cliente. O nosso foco é solucionar diversas dores do cliente que não só ocasionadas pelo Comércio Exterior, mas que também geram impacto no processo nacional”, explica Beatriz.
Quanto cobra uma trading company?
Os custos podem variar de uma trading company para outra. Os projetos são customizados. Pode-se cobrar, por exemplo, um percentual sobre a operação, as despesas e impostos.
Para a especialista, um dos pontos para levar em consideração o custo de uma trading company, é a logística e modal de transporte que pode ser aéreo, rodoviário, ferroviário ou marítimo.
“O que determina cada um é sempre a melhor solução possível para o planejamento logístico, a depender do perfil de cada cliente atendido”, ressalta Beatriz.
No valor, estão inclusos os valores de frete internacional, seguro de carga, taxa de porto ou aeroporto, despachante aduaneiro e o frete doméstico.
Quais os problemas que uma trading company resolve
A contratação de uma trading company é essencial para as empresas que não tem experiência na área ou desejam se dedicar a sua atividade principal.
A trading resolve problemas de custos que podem se elevar com a mão de obra, logística e operacionalização.
“Analisamos as melhores rotas, pois as mais visadas são mais caras e perigosas e podem ocorrer problemas com atrasos nas entregas”, afirma a especialista.
Por ter contatos assertivos, evita a contratação de fornecedores distintos, o que facilita o processo e garante melhores condições de negociação.
Além disso, soluciona qualquer tipo de problema que possa ocorrer com a carga, como furtos ou danificações, por meio do seguro que já está incluso na operacionalização.
Por fim, evita que as empresas paguem tributos a maior ou indevidos, visto que têm conhecimento na legislação tributária e conta com uma assessoria jurídica.
“Também existem casos em que o cliente pode ter acúmulo de crédito e com isso, precisa dar vazão e liquidá-los para que não sejam tributados. Então, a trading company entra com a melhor estratégia de liquidez para o cliente”, detalha Beatriz.
De forma geral, a trading company auxilia no melhor desempenho de importação do seu projeto.
A estratégia do desenho de importação do produto pela trading company
De acordo com Beatriz, entre as análises e estratégias que a trading company usa para fazer a retenção de seus clientes é elaborar o desenho de importação do produto.
Nesses casos a trading analisa quais produtos serão importados, a carga tributária, a localidade do cliente e dos compradores dele, o ponto de distribuição e produção, quais outros problemas que o cliente tem como tributário, fiscal, logístico. E com estes pontos traçados, desenvolve um projeto de importação que terá aderência a cada empresa.
Conclusão
Entre os principais problemas enfrentados pelos empresários está a falta de conhecimento nos trâmites operacionais, logísticos e aduaneiros.
Com uma empresa especializada, como a trading company, é possível minimizar os riscos, reduzir os custos e aprimorar os processos.
Ou seja, a trading company é essencial para quem deseja importar com segurança.
Esse texto foi revisado por Beatriz Torres, MBA em Inteligência de Mercado pela Live University e Gestão Tributária pela FIPECAFI, Gerente de Inteligência de Mercado e Pós-vendas da Columbia Trading.
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