O que é importação e exportação: saiba a diferença e conheça suas taxas e processos

Columbia Trading • 20 de maio de 2022

Quem quer entrar ou já está na área de comércio exterior precisa conhecer seus conceitos básicos e de maior relevância principalmente classificação do produto com as suas respectivas cargas tributárias, locais de desembaraços entre outras diferentes taxas.


Podemos definir de forma simples o conceito de cada atividade:


Exportação – é a venda e envio, ou doação, de mercadorias ou serviços de um país para o outro.


Importação – é a compra ou recebimento de mercadorias ou serviços de outros países.


Como funciona a importação e exportação no Brasil

Fatores como a alta do dólar, a redução do custo Brasil, o aumento da confiabilidade do país em relação ao mercado externo e internacional, fez muitas empresas começarem a se interessar pelo comércio exterior e pelos processos de importação e exportação.


É inegável que o Brasil esteja passando por uma das maiores crises financeiras que já enfrentou, mas, ainda assim, o país encontra-se no centro da atenção do mercado internacional.


Somos a maior economia do Mercosul e uma das dez maiores economias de todo o mundo. Muitos países, cada vez mais, vêm descobrindo os encantos dos produtos e serviços brasileiros.


A importância da exportação

As exportações desempenham um papel extremamente importante para a economia brasileira.


Ao avaliarmos, percebemos que elas vêm seguindo uma trajetória crescente. Olhando lá para 1990, elas representavam 8% do PIB, enquanto em 2021 já ultrapassaram os 14%.


Um exemplo desse crescimento é o agronegócio, que em 2019 exportou mais de 96 bilhões de dólares e vem mantendo esse padrão de exportaçõesde maneira progressiva.


Quais os impactos positivos da exportação

● Crescimento econômico

Primeiramente, precisamos lembrar que o Produto Interno Bruto (PIB) é um somatório de consumo + investimento + gastos do governo + exportações – importações.


Ou seja, quanto maior o volume das exportações, maior tende a ser o crescimento econômico do país. Isso quer dizer que, o crescimento das exportações causará um aumento da demanda agregada.


Sabemos que esse crescimento não vem apenas de um setor exportador, mas ainda usando o agronegócio como exemplo para contextualizar o assunto, vamos citar a exportação de soja, que o Brasil lidera atualmente.


A produção de soja no interior do Brasil, com essa demanda de exportação, está gerando renda e emprego, e, por sua vez, essa renda será gasta no comércio local, impactando diretamente o andamento da economia.


É um efeito multiplicador do impacto causado pela exportação, levando também, desenvolvimento para diversos lugares.


● Emprego

Como citamos anteriormente, quanto maior a geração de renda, especificamente em regiões que são pólos de exportação, mais empregos são gerados nesses lugares.


Portanto, a exportação traz dois impactos diretos: aumento de emprego e crescimento econômico.


● Déficit em conta corrente

Conta corrente nada mais é do que a diferença entre tudo que o país gastou e recebeu nas transações internacionais de bens e serviços.


É possível verificar que, em 2019, o déficit em conta corrente atingiu mais de 50 bilhões de dólares, o equivalente a 2,76% do PIB brasileiro, de modo que as exportações estão contribuindo para atenuá-lo.


Portanto, podemos concluir seguramente que a exportação tem um papel extremamente relevante na economia.


Fatores determinantes da exportação

● Competitividade

É a vantagem comparativa que aquele país possui na produção e exportação de um bem.


Isso acontece quando olhamos para um baixo custo de produção e uma elevada produtividade, fatores que contribuem para uma enorme competitividade do produto que está sendo exportado.


● Taxa de câmbio

Essa é uma das variáveis centrais do que está acontecendo há algum tempo no país. Houve uma desvalorização cambial, saindo de menos de 4 reais, para mais de 5 reais.


Para o exportador, apenas a taxa de câmbio, com o preço do seu produto em dólar constante, já contribui para o aumento da receita.


Ou seja, com uma desvalorização cambial, o nosso produto acaba chegando no país de origem com valor mais competitivo, porque o seu preço em dólar fica mais atrativo e a receita que o produtor brasileiro recebe acaba sendo maior.


Importação

A importação deixou de ser uma estratégia distante na vida das empresas e entrou para a lista de prioridades.


Buscar fornecedores em outros países já não é mais um pensamento apenas de grandes empresas. As pequenas e médias também querem participar desse jogo.


O problema é que a maioria acaba cometendo muitos erros durante o processo.


4 passos importantes no processo de importação

Para importar, existem alguns passos que são importantes:


1. Identificar fornecedores confiáveis

Necessariamente, esse não é o quesito determinante, mas é a primeira e mais importante decisão do seu negócio.


Identificar fornecedores confiáveis, que tenham produtos com preços acessíveis e qualidade àquela que você já tem no mercado interno, é o ponto mais relevante em um projeto de importação.


2. Habilitação no RADAR

O processo formal de habilitação é uma exigência da Receita Federal do Brasil para todas as empresas e pessoas físicas que desejam importar ou exportar.


É um registro feito pela Receita, chamado RADAR, que significa registro e rastreamento da atuação dos intervenientes aduaneiros, e a norma básica que ampara essa solicitação é a instrução normativa 1984/20.


3. Escolha do tipo de importação

A importação brasileira está dividida em três possibilidades distintas:


Importação própria – é aquela em que o próprio distribuidor do produto no mercado interno promove a sua importação, ele gerencia o processo desde a qualificação do fornecedor até o desembaraço aduaneiro.


Importação por conta ou por encomenda – são aquelas em que o importador não cuida de todas as etapas do processo, ele vai contratar uma empresa, uma Trading, que irá gerenciar as várias etapas da importação, entregando a carga já liberada no Brasil, mediante um contrato vinculado na Receita Federal.


4. Gerenciar a importação

O processo de gerenciamento de importação pode ser dividido em quatro pilares e cada uma das fases têm exigências específicas que precisam de cuidados especiais, são elas:


● Diagnóstico administrativo

Fase em que são levantadas as informações sobre classificação fiscal, exigência administrativa, se há a obrigatoriedade de registro e qual é a carga tributária.


● Planejamento logístico

É o momento em que o importador, juntamente com seus prestadores de serviços, vai organizar o embarque da mercadoria, seja aéreo ou marítimo.


● Monitoramento operacional

Aqui, o importador acompanha o embarque da mercadoria até a chegada no porto ou aeroporto. Nesse momento, todas as etapas pensadas e executadas na fase anterior são acompanhadas junto com o agente de carga e um despachante aduaneiro.


● Execução operacional

Na última fase, o importador vai confirmar a chegada e cumprir com todas as obrigações alfandegárias, normalmente, nesse estágio, ele contrata um despachante aduaneiro, que já está acompanhando o processo desde a fase 2, para cumprir as obrigações da alfândega no menor tempo possível e dentro do custo estimado.


É preciso experiência para importar e exportar

É importante saber que o Brasil é conhecido pela sua alta dose de protecionismo na importação, portanto, as coisas por aqui não são fáceis.


Contamos com uma alta dose de burocracia, os altos tributos que dobram o preço em dólar, as inúmeras exigências aduaneiras e administrativas.


Tudo isso é fruto de uma proteção à indústria praticada por anos e anos e que vai levar muito tempo para deixar de existir.


Ou seja, fazer negócio de importação e exportação no Brasil não é tarefa simples, pois o nível de protecionismo praticado aqui é sem comparação com qualquer nação civilizada.


Contudo, importar e exportar são atividades lucrativas, desde que sejam executadas de maneira adequada.


O modelo é complexo, mas é possível. O ideal é contratar uma empresa especializada em comércio exterior, para garantir o bom andamento dos processos, para que nada fuja do controle e para que a operação seja lucrativa ao invés de gerar prejuízos.


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Por Columbia Trading 4 de abril de 2025
O comércio exterior integra uma série de regulamentações, normas fiscais e exigências legais que devem ser rigorosamente seguidas para garantir operações seguras e sem riscos. Nesse contexto, o compliance aduaneiro se torna um pilar fundamental para o sucesso nas importações, pois assegura que todas as transações estejam alinhadas às exigências legais e tributárias, evitando sanções e otimizando processos. Muito além de uma simples conformidade regulatória, empresas que negligenciam o compliance aduaneiro podem enfrentar problemas graves, como multas, atrasos na liberação de mercadorias, apreensões de carga e até restrições comerciais. Por outro lado, uma gestão eficiente do compliance pode reduzir custos, minimizar riscos e aumentar a competitividade no mercado global: uma vantagem estratégica determinante para o sucesso das operações de importação. Este artigo explora como a implementação eficaz de práticas de compliance aduaneiro pode não apenas evitar penalidades e atrasos, mas também otimizar processos, reduzir custos e garantir um planejamento tributário adequado. Em um mercado onde cada detalhe faz diferença, entender a fundo esse componente da cadeia de suprimentos internacionais é essencial para profissionais de diversos setores. O que é Compliance Aduaneiro e Por Que Ele é Essencial? O compliance aduaneiro consiste no conjunto de práticas e procedimentos que garantem a conformidade das operações de comércio exterior com as legislações e regulamentações aduaneiras vigentes. Este processo abrange desde a classificação fiscal correta dos produtos até a documentação precisa para os despachos aduaneiros. Quando implementado de forma estratégica, o compliance aduaneiro proporciona muito mais que segurança jurídica. Ele se traduz em processos mais eficientes, redução significativa de riscos operacionais e otimização de recursos financeiros. Para empresas importadoras, isso representa a diferença entre operações fluidas e constantes interrupções que podem comprometer toda a cadeia de suprimentos. A ausência de um programa robusto de compliance aduaneiro expõe as empresas a riscos consideráveis: multas elevadas, apreensão de mercadorias, atrasos nos desembaraços e até mesmo suspensão temporária das atividades de importação e exportação. Os Riscos de Não Seguir o Compliance Aduaneiro A falta de conformidade aduaneira pode resultar em consequências graves para importadores, como: - Multas e penalizações fiscais – Erros na classificação fiscal, no pagamento de tributos ou na documentação podem gerar autuações severas; - Atrasos e retenções alfandegárias – Processos incorretos podem atrasar a liberação da carga, impactando prazos e custos operacionais; - Apreensão de mercadorias – O não cumprimento das exigências pode levar à retenção definitiva da carga pela Receita Federal; - Perda de credibilidade e restrições comerciais – Empresas que não seguem as normas podem ser impedidas de operar no comércio exterior; - Aumento de custos operacionais – Falhas no compliance podem gerar gastos extras com armazenagem, reclassificação fiscal e reprocessamento documental. Portanto, garantir um compliance aduaneiro eficiente não é apenas uma obrigação legal, mas uma estratégia essencial para o sucesso das operações de importação. Os Pilares de um Programa de Compliance Aduaneiro Eficiente Classificação Fiscal Precisa A correta classificação fiscal das mercadorias importadas constitui a base de um programa de compliance eficaz. Este processo determina não apenas as alíquotas de impostos aplicáveis, mas também controles administrativos específicos e eventual necessidade de licenciamentos. Um erro de classificação pode resultar tanto em pagamento excessivo de tributos quanto em infrações graves, com penalidades que podem chegar a 30% do valor aduaneiro da mercadoria. Empresas com programas sólidos de compliance investem em equipes especializadas e sistemas de suporte para garantir a precisão neste aspecto fundamental. Valoração Aduaneira Correta A determinação do valor aduaneiro, base para o cálculo dos tributos incidentes na importação, exige atenção especial dentro do planejamento tributário das operações internacionais. O compliance aduaneiro assegura que todos os elementos que compõem o valor aduaneiro (preço da mercadoria, fretes, seguros e outros custos associados) sejam corretamente declarados, evitando tanto o subfaturamento quanto o pagamento desnecessário de impostos. Esta prática equilibra a conformidade legal com a otimização fiscal legítima. Gestão Documental e Rastreabilidade Um sistema eficiente de gestão documental garante que todos os documentos necessários para uma operação de importação estejam completos, precisos e disponíveis no momento adequado, facilitando o desembaraço aduaneiro ágil. A rastreabilidade completa das operações permite identificar rapidamente a origem de eventuais não-conformidades, possibilitando ações corretivas imediatas e a implementação de medidas preventivas para operações futuras. Esta disciplina documental é essencial para empresas que buscam certificações em programas como o Operador Econômico Autorizado (OEA). Benefícios Estratégicos do Compliance Aduaneiro Redução de Custos Operacionais A implementação de práticas de compliance aduaneiro resulta em economia significativa nas operações de comércio internacional. Esta economia deriva não apenas da diminuição de multas e penalidades, mas principalmente da otimização do planejamento logístico e financeiro. Processos mais previsíveis e desembaraços mais rápidos significam menos custos de armazenagem, demurrage e capital de giro imobilizado. Mitigação de Riscos e Proteção Reputacional O compliance aduaneiro atua como um escudo protetor contra riscos operacionais, legais e reputacionais. Em um ambiente de negócios onde a transparência é cada vez mais valorizada, manter um histórico impecável nas operações aduaneiras fortalece a imagem da empresa perante clientes, fornecedores e autoridades. Para departamentos jurídicos e tributários, isto representa maior segurança nas operações e redução significativa de contingências fiscais. Um programa robusto de compliance permite identificar e corrigir potenciais problemas antes que eles se transformem em autuações ou processos administrativos. Aumento da Competitividade Operações de importação mais eficientes, previsíveis e com custos otimizados traduzem-se diretamente em vantagem competitiva. Empresas que dominam o compliance aduaneiro conseguem prazos de entrega mais curtos e custos finais mais atrativos. Este ganho de competitividade é particularmente relevante em setores onde a agilidade na cadeia de suprimentos e a precisão no planejamento financeiro são diferenciais críticos. A capacidade de antecipar custos e prazos com maior precisão permite estratégias comerciais mais agressivas e maior satisfação dos clientes. Como Implementar Um Programa de Compliance Aduaneiro Eficaz A implementação de um programa de compliance aduaneiro robusto requer uma abordagem sistêmica, envolvendo diversas áreas da empresa. O processo deve iniciar com um diagnóstico detalhado das operações atuais, identificando pontos críticos e oportunidades de melhoria. O suporte da alta direção é fundamental para o sucesso desta iniciativa, garantindo os recursos necessários e estabelecendo a cultura de compliance como prioridade organizacional. Treinamentos regulares e atualização constante são essenciais, considerando a dinâmica das legislações aduaneiras. Para muitas empresas, contar com consultoria especializada em comércio exterior representa o caminho mais eficiente para estruturar ou aprimorar seus programas de compliance aduaneiro, combinando conhecimento técnico específico com a experiência prática em diferentes cenários e setores. Conclusão: Compliance Como Investimento Estratégico O compliance aduaneiro transcende a simples obrigação legal, configurando-se como um investimento estratégico com retorno mensurável. Empresas que adotam esta perspectiva colhem benefícios que vão desde a redução de custos até vantagens competitivas sustentáveis no mercado global. Para profissionais de suprimentos, financeiro, jurídico e CEOs, compreender a importância deste componente nas operações de importação significa reconhecer uma poderosa ferramenta de gestão, capaz de transformar desafios regulatórios em oportunidades de diferenciação. Em um cenário de comércio internacional cada vez mais complexo e fiscalizado, o compliance aduaneiro deixou de ser uma opção para se tornar um requisito fundamental para empresas que buscam crescimento sustentável e excelência operacional em suas atividades de importação.
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