Governo Discute Reforma de Processos de Importação e Exportação com Setor Privado

Columbia Trading • 13 de setembro de 2021

O Subcomitê de Cooperação do Comitê Nacional de Facilitação do Comércio (Confac) discutiu as medidas destinadas a reformar os procedimentos administrativos de importação e exportação no Brasil. A reunião envolveu representantes do setor privado presentes os avanços na implementação do Plano de Trabalho do Comitê para o biênio 2021-2022, que tem como objetivo a racionalização e a modernização dos procedimentos relacionados às operações do setor.


Um dos destaques é o Plano de Ação junto aos Órgãos Anuentes do Comércio Exterior, conduzido no âmbito da implementação do Novo Processo de Importação (NPI) do Portal Único de Comércio Exterior. As ações têm reduzido a atuação governamental sobre as operações de exportação e importação, tornando os processos mais eficientes e menos burocráticos para o operador privado. Entre os principais avanços está a revisão das taxas incidentes sobre as operações de importação, propiciada pela modernização dos processos de comércio exterior e pela consequente oferta de novas ferramentas no NPI.


O Comitê tratou, também, do Primeiro Relatório de Revisão do Acordo sobre Facilitação do Comércio (AFC), da Organização Mundial do Comércio (OMC), que mostra o andamento da implementação do acordo pelos membros da OMC. O grupo reforçou o comprometimento do Brasil em implementar o Acordo, além da atuação engajada do país no Comitê de Facilitação de Comércio (CFC) da OMC para acelerar a implementação do AFC. Recentemente, o Brasil e os Estados Unidos apresentaram uma proposta conjunta no CFC que, se aceita, possibilitará maior participação do setor privado nas discussões do AFC, a fim de agregar a perspectiva de setores da sociedade diretamente impactados pelas medidas de facilitação do comércio.


Durante a reunião, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) relatou o estágio das discussões para a segunda edição do seu estudo “Gestão de risco no comércio exterior brasileiro: a avaliação da Indústria”. O documento tratará do uso de novas tecnologias pelo Ministério da Defesa (MD), Exército, Ministério das Relações Exteriores (MRE) e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) para tornar mais eficientes suas respectivas intervenções nas operações de comércio exterior. O estudo é mais uma iniciativa de apoio da entidade aos esforços dos órgãos intervenientes visando facilitar as operações de importação e exportação.


Outro tema abordado no encontro do Subcomitê foi a expansão do OEA-Integrado, módulo complementar ao Programa Operador Econômico Autorizado (OEA) que permite a certificação de intervenientes da cadeia logística com baixo grau de risco em suas operações de comércio exterior. Essa certificação será relativa aos controles exercidos por órgãos ou entidades da administração pública que demonstrarem interesse em participar do programa OEA-Integrado.


A Receita Federal (RFB) – responsável pelo Programa OEA, com a participação do Banco Mundial – informou que está avançando no processo de inclusão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Já a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia (Secex/ME) está na fase final da elaboração da normativa para adesão ao OEA-Integrado.


O módulo OEA-Integrado Secex ofertará benefícios específicos aos operadores que tenham Certificação OEA-Conformidade (OEA-C) pela RFB, como redução das informações prestadas para a solicitação de ato concessório de Drawback, dispensa da apresentação de laudos na concessão desse regime, priorização na análise das solicitações e designação de ponto de contato na própria Secex.


Ainda em relação à Receita, a pauta abordou o fortalecimento da comunidade de comércio internacional por meio das Comissões Locais de Facilitação do Comércio (Colfac), que possibilitam a integração entre representantes do setor privado e os principais órgãos intervenientes. O Subcomitê vai avaliar a proposta normativa de ampliar a quantidade de comissões de 15 para 29, o que implicaria a instituição de unidades em todas as alfândegas da RFB, abrangendo todo o território nacional.


O Subcomitê de Cooperação do Confac tratou, por fim, da gestão coordenada de fronteiras tanto nacionais quanto internacionais, visando maior eficiência na gestão de fluxos de comércio e viagens. A discussão incluiu o projeto de avaliação das Áreas de Controle Integrado (ACI), no âmbito do Mercosul, em relação à conformidade com as disposições do Compêndio sobre Gestão Coordenada de Fronteira da Organização Mundial das Aduanas (OMA).


A RFB está organizando um evento, com a participação dos diretores de Aduanas dos quatro Estados-Parte do Mercosul e de representantes do Banco Mundial. O evento, que contará com apoio do Ministério das Relações Exteriores, vai discutir o estudo técnico que está sendo desenvolvido a respeito da situação atual das ACI. O encontro será um foro para buscar soluções aos entraves do setor, a fim de facilitar o comércio internacional legítimo e a integração dos Estados-Partes do Bloco.


Fonte Internet: Ministério da Economia, 04/08/2021

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Por Columbia Trading 4 de abril de 2025
O comércio exterior integra uma série de regulamentações, normas fiscais e exigências legais que devem ser rigorosamente seguidas para garantir operações seguras e sem riscos. Nesse contexto, o compliance aduaneiro se torna um pilar fundamental para o sucesso nas importações, pois assegura que todas as transações estejam alinhadas às exigências legais e tributárias, evitando sanções e otimizando processos. Muito além de uma simples conformidade regulatória, empresas que negligenciam o compliance aduaneiro podem enfrentar problemas graves, como multas, atrasos na liberação de mercadorias, apreensões de carga e até restrições comerciais. Por outro lado, uma gestão eficiente do compliance pode reduzir custos, minimizar riscos e aumentar a competitividade no mercado global: uma vantagem estratégica determinante para o sucesso das operações de importação. Este artigo explora como a implementação eficaz de práticas de compliance aduaneiro pode não apenas evitar penalidades e atrasos, mas também otimizar processos, reduzir custos e garantir um planejamento tributário adequado. Em um mercado onde cada detalhe faz diferença, entender a fundo esse componente da cadeia de suprimentos internacionais é essencial para profissionais de diversos setores. O que é Compliance Aduaneiro e Por Que Ele é Essencial? O compliance aduaneiro consiste no conjunto de práticas e procedimentos que garantem a conformidade das operações de comércio exterior com as legislações e regulamentações aduaneiras vigentes. Este processo abrange desde a classificação fiscal correta dos produtos até a documentação precisa para os despachos aduaneiros. Quando implementado de forma estratégica, o compliance aduaneiro proporciona muito mais que segurança jurídica. Ele se traduz em processos mais eficientes, redução significativa de riscos operacionais e otimização de recursos financeiros. Para empresas importadoras, isso representa a diferença entre operações fluidas e constantes interrupções que podem comprometer toda a cadeia de suprimentos. A ausência de um programa robusto de compliance aduaneiro expõe as empresas a riscos consideráveis: multas elevadas, apreensão de mercadorias, atrasos nos desembaraços e até mesmo suspensão temporária das atividades de importação e exportação. Os Riscos de Não Seguir o Compliance Aduaneiro A falta de conformidade aduaneira pode resultar em consequências graves para importadores, como: - Multas e penalizações fiscais – Erros na classificação fiscal, no pagamento de tributos ou na documentação podem gerar autuações severas; - Atrasos e retenções alfandegárias – Processos incorretos podem atrasar a liberação da carga, impactando prazos e custos operacionais; - Apreensão de mercadorias – O não cumprimento das exigências pode levar à retenção definitiva da carga pela Receita Federal; - Perda de credibilidade e restrições comerciais – Empresas que não seguem as normas podem ser impedidas de operar no comércio exterior; - Aumento de custos operacionais – Falhas no compliance podem gerar gastos extras com armazenagem, reclassificação fiscal e reprocessamento documental. Portanto, garantir um compliance aduaneiro eficiente não é apenas uma obrigação legal, mas uma estratégia essencial para o sucesso das operações de importação. Os Pilares de um Programa de Compliance Aduaneiro Eficiente Classificação Fiscal Precisa A correta classificação fiscal das mercadorias importadas constitui a base de um programa de compliance eficaz. Este processo determina não apenas as alíquotas de impostos aplicáveis, mas também controles administrativos específicos e eventual necessidade de licenciamentos. Um erro de classificação pode resultar tanto em pagamento excessivo de tributos quanto em infrações graves, com penalidades que podem chegar a 30% do valor aduaneiro da mercadoria. Empresas com programas sólidos de compliance investem em equipes especializadas e sistemas de suporte para garantir a precisão neste aspecto fundamental. Valoração Aduaneira Correta A determinação do valor aduaneiro, base para o cálculo dos tributos incidentes na importação, exige atenção especial dentro do planejamento tributário das operações internacionais. O compliance aduaneiro assegura que todos os elementos que compõem o valor aduaneiro (preço da mercadoria, fretes, seguros e outros custos associados) sejam corretamente declarados, evitando tanto o subfaturamento quanto o pagamento desnecessário de impostos. Esta prática equilibra a conformidade legal com a otimização fiscal legítima. Gestão Documental e Rastreabilidade Um sistema eficiente de gestão documental garante que todos os documentos necessários para uma operação de importação estejam completos, precisos e disponíveis no momento adequado, facilitando o desembaraço aduaneiro ágil. A rastreabilidade completa das operações permite identificar rapidamente a origem de eventuais não-conformidades, possibilitando ações corretivas imediatas e a implementação de medidas preventivas para operações futuras. Esta disciplina documental é essencial para empresas que buscam certificações em programas como o Operador Econômico Autorizado (OEA). Benefícios Estratégicos do Compliance Aduaneiro Redução de Custos Operacionais A implementação de práticas de compliance aduaneiro resulta em economia significativa nas operações de comércio internacional. Esta economia deriva não apenas da diminuição de multas e penalidades, mas principalmente da otimização do planejamento logístico e financeiro. Processos mais previsíveis e desembaraços mais rápidos significam menos custos de armazenagem, demurrage e capital de giro imobilizado. Mitigação de Riscos e Proteção Reputacional O compliance aduaneiro atua como um escudo protetor contra riscos operacionais, legais e reputacionais. Em um ambiente de negócios onde a transparência é cada vez mais valorizada, manter um histórico impecável nas operações aduaneiras fortalece a imagem da empresa perante clientes, fornecedores e autoridades. Para departamentos jurídicos e tributários, isto representa maior segurança nas operações e redução significativa de contingências fiscais. Um programa robusto de compliance permite identificar e corrigir potenciais problemas antes que eles se transformem em autuações ou processos administrativos. Aumento da Competitividade Operações de importação mais eficientes, previsíveis e com custos otimizados traduzem-se diretamente em vantagem competitiva. Empresas que dominam o compliance aduaneiro conseguem prazos de entrega mais curtos e custos finais mais atrativos. Este ganho de competitividade é particularmente relevante em setores onde a agilidade na cadeia de suprimentos e a precisão no planejamento financeiro são diferenciais críticos. A capacidade de antecipar custos e prazos com maior precisão permite estratégias comerciais mais agressivas e maior satisfação dos clientes. Como Implementar Um Programa de Compliance Aduaneiro Eficaz A implementação de um programa de compliance aduaneiro robusto requer uma abordagem sistêmica, envolvendo diversas áreas da empresa. O processo deve iniciar com um diagnóstico detalhado das operações atuais, identificando pontos críticos e oportunidades de melhoria. O suporte da alta direção é fundamental para o sucesso desta iniciativa, garantindo os recursos necessários e estabelecendo a cultura de compliance como prioridade organizacional. Treinamentos regulares e atualização constante são essenciais, considerando a dinâmica das legislações aduaneiras. Para muitas empresas, contar com consultoria especializada em comércio exterior representa o caminho mais eficiente para estruturar ou aprimorar seus programas de compliance aduaneiro, combinando conhecimento técnico específico com a experiência prática em diferentes cenários e setores. Conclusão: Compliance Como Investimento Estratégico O compliance aduaneiro transcende a simples obrigação legal, configurando-se como um investimento estratégico com retorno mensurável. 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