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Afinal, o que são Soft Skills?

Columbia Trading • 5 de setembro de 2019

As soft skills são uma combinação de habilidades sociais, como comunicação; atitude; inteligência social e emocional; entre outros que possibilita as pessoas interagirem bem nos ambientes que frequentam. São também chamadas de habilidades interpessoais. Em combinação com as hard skills (conhecimentos técnicos), as soft skills potencializam resultados.


Você já encontrou pessoas muito boas tecnicamente, com uma excelente formação acadêmica,mas que não conseguem deslanchar a sua vida profissional? Ou que, no âmbito pessoal, não conseguem evoluir e relacionar se bem com as pessoas ao seu redor? E o que falta a elas? Faltam habilidades interpessoais, sem dúvida.


E QUAIS SÃO AS HABILIDADES MAIS IMPORTANTES NO MUNDO CORPORATIVO?


Cada empresa tem características muito particulares, com culturas muito específicas, portanto, é muito difícil generalizar, mas, obviamente, algumas habilidades caem bem em qualquer ambiente e ajudam as pessoas a se destacarem. Listo abaixo as minhas 5 soft skills preferidas (e que,por experiência, fazem muita diferença no dia a dia corporativo) :


1) Comunicação: Uma comunicação eficaz é fundamental em todos os segmentos da nossa vida (quem nunca teve um desentendimento com o marido ou a esposa por ter falado “claramente” uma coisa e ele(a) ter entendido completamente “errado”?). Ter uma boa comunicação não significa apenas escrever um excelente e-mail, é necessário transmitir objetivamente uma mensagem seja nas orientações ao time, nos feedbacks transparentes ou na exposição de um ponto de vista. Além disso, um bom comunicador é um ótimo ouvinte. Saber escutar fortalece conexões e melhora as relações. Uma comunicação clara e respeitosa certamente contribui para o desenvolvimento profissional.


2) Atitude: Muitas pessoas falam sobre pró-atividade como uma característica essencial a um profissional. Mas vou além, entendo que ter atitude é se auto responsabilizar, é assumir uma postura de protagonista frente às situações. É sair da postura passiva, de vítima, e entender-se responsável por fazer as coisas acontecerem.Seu chefe não aprovou o orçamento para aquele projeto sensacional que você queria fazer? Talvez a sua abordagem não tenha sido a mais adequada para aquele momento. Já pensou nisso? Que tal trazer para você a responsabilidade e pensar o que poderia ter feito melhor para convencê lo? Tente esse exercício, é libertador!


3) Equilíbrio emocional: Sim, a pressão é grande e, muitas vezes, algumas pessoas ou situações nos tiram do sério. É aqui que entra o equilíbrio emocional. Pessoas com essa habilidade não deixam de sentir raiva (ou medo ou frustração), elas aprendem a lidar com esses sentimentos de forma a não atrapalharem o desempenho e a interação com o outro. Ter autocontrole é fundamental para uma vida social saudável e para o crescimento profissional.


4) Trabalho em equipe: “Nenhum homem é uma ilha, isolado em si mesmo; todos são parte do continente, uma parte de um todo”. O poeta inglês John Donne afirmou isso no final do século XVI e ainda é muito atual. Sozinho não se consegue chegar muito longe. É importante cercar-se de pessoas com expertises diferentes para ampliar o conhecimento e o aprendizado. Complementar-se no outro é preencher lacunas e, como time, é possível alcançar resultados fantásticos. Quando há um ambiente de colaboração, todos saem ganhando.


5) Flexibilidade: Num mundo cada mais vez mais complexo e com mudanças tão rápidas, ser flexível é essencial para a sobrevivência profissional. Diariamente aparecem novas tecnologias, novas demandas internas, novas exigências dos clientes e é preciso ter velocidade na resposta a esses novos estímulos. Estar aberto a aprender e a trabalhar de forma diferente é, certamente, um dos grandes diferenciais das pessoas bem-sucedidas.


Além das habilidades descritas acima, há muitas outras, como criatividade, gestão do tempo, atitude positiva, resolução de conflitos, pensamento crítico, tomada de decisão, empatia, motivação, liderança, persuasão, persistência, produtividade pessoal, netw orking, etc.


SOCORRO,NÃO TENHO QUASE NADA DISSO! E AGORA?


Calma, essas habilidades podem ser aprendidas e desenvolvidas.


Uma das inúmeras vantagens de ter mais idade é que a vida nos ensina muitas coisas. Certamente as habilidades interpessoais são refo rçadas com a vivência.


É necessário ter paciência e persistência. Não há fórmulas mágicas e rápidas. Como toda transformação que precisa perdurar, desenvolver novas habilidades requer esforço e tempo. Conhece a expressão “there is no free lunch” (não exis te almoço grátis)? Tudo que vem muito fácil desaparece fácil. Se você quer realmente resultados consistentes, respire fundo e entre algumas dicas para você desenvolver os gaps.


1) Conheça a si mesmo: Invista um bom tempo questionando-se, avaliando-se para saber quem, de fato, você é. Descubra o que te faz verdadeiramente feliz e quais são os limites dos seus princípios. Isso será fundamental para entender até que ponto consegue chegar, o quanto consegue avançar em determinado assunto, quantos passos conseguirá dar na evolução de determinada habilidade. Assim, você não se colocará em ciladas das quais terá dificuldade de sair e, mais importante, saberá como não entrar em situações desagradáveis antes mesmo delas acontecerem. Conheça seus limites.


2) Defina seus objetivos: Identifique quais habilidades precisa desenvolver para a sua vida em geral e para o seu momento profissional. Entenda o tamanho da lacuna que existe entre a sua habilidade atual e a habilidade requerida. Defina objetivos claros para que identifique quando alcançar o resultado esperado.


3) Busque o autodesenvolvimento: Leia, estude, seja curioso. Examine atentamente o mundo ao seu redor. Observe as pessoas que você admira e tente entender o porquê as admira e o que elas fazem para serem bem-sucedidas. Inspirar-se em outros (e não se comparar a eles) ajuda muito no caminho do desenvolvimento. Peça e ouça atentamente os feedbacks (lembre-se, um feedback honesto é um presente para você).


4) Se necessário, peça ajuda: Construa uma rede de suporte que ajude você. Amigos, conselheiros, colegas e equipes de trabalho, coach, terapeuta, família… Não é vergonha pedir ajuda! Sempre que estou em uma situação difícil, onde habilidades me faltam, recorro a um (ou mais) deles e saio revigorada desses encontros.


Parece difícil, né? Mas não é! É preciso humildade para reconhecer as fragilidades e caminhar um pouquinho por dia. Hoje é melhor que ontem, mas ainda não tão bom quanto amanhã.


Até a próxima!


Autoria: Gabriela Oliveira, Gerente de RH na Columbia Trading.

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